Minas Gerais pretende criar um programa de apoio aos estudantes carentes das universidades estaduais. Isso é o que prevê uma proposta do governador encaminhada à Assembleia de Minas nessa quarta-feira (22).
A mensagem encaminhada pelo executivo contém um projeto de lei que institui o sistema de reserva de vagas, as chamadas cotas, e o programa de assistência estudantil na Universidade do Estado de Minas Gerais e na Universidade Estadual de Montes Claros. Pelo projeto, Uemg e Unimontes deverão reservar, no mínimo, 45% das vagas a afrodescendentes e egressos da escola pública, reconhecidamente carentes e ainda a pessoas com deficiência e indígenas.
Minas Gerais já possui um sistema de cotas desde 2004, mas segundo o executivo, o modelo atual garantiu o acesso desses alunos ao ensino superior, mas não incorporou a assistência estudantil capaz de reduzir a evasão escolar.
Ainda segundo o projeto, a assistência estudantil também poderá atender estudantes carentes que não ingressaram na universidade pelo sistema de cotas. A proposta agora segue para as comissões temáticas do legislativo e para virar lei precisa ser aprovada em dois turnos pelo plenário.