A chegada do 13º salário desperta a imaginação do trabalhador. Serão R$ 211,2 bilhões injetados na economia, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Um levantamento realizado em todas as capitais do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que dois em cada dez trabalhadores – 23% dos que recebem 13º salário – devem utilizar ao menos parte desse dinheiro extra para comprar presentes de Natal.
Há ainda 16% que vão gastar o recurso durante as festividades de Natal e Ano Novo. Na lista dos principais destinos, porém, quem encabeça é a intenção de poupar ou investir a quantia recebida, com 27% de menções.
Cerca de 84,5 milhões de brasileiros receberão o rendimento adicional, pago aos trabalhadores com carteira assinada (incluindo os domésticos), aposentados e pensionistas. Empregadores da iniciativa privada têm até 30 de novembro para quitar a primeira parte, e 20 de dezembro para acertar o resto.
Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, antes de decidir o que fazer com o dinheiro, o ideal é que o consumidor faça uma análise de sua situação financeira e estabeleça prioridades. O dinheiro, segundo ele, deveria ser primeiramente pensado para pagar dívidas.
Para ele, é importante considerar os gastos que costumam aparecer no começo do ano, como o IPTU, as mensalidades escolares e o IPVA, por exemplo. A orientação do especialista em economia, é que seja feita uma reserva, para garantir o pagamento dessas contas.