Por recomendação da Agência Nacional de Mineração (ANM), o Ministério de Minas e Energia (MME) definiu uma série de medidas de precaução de acidentes nas cerca de mil barragens existentes no país. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e inclui a extinção ou descaracterização das barragens chamadas “a montante” em até 15 de agosto de 2021.
Pelas informações, há 84 barragens desse tipo em funcionamento no país, das quais 43 são classificadas com “alto dano potencial” e há risco de rompimento com ameaça a vidas e prejuízos econômicos e ambientais.
Tanto a barragem da Samarco que rompeu em Mariana, em 2015, quanto a barragem da Vale que rompeu em Brumadinho, no mês passado, são barragem a montante. Lembrando que apesar de não terem estourado, nos últimos dias os moradores em Barão de Cocais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e em Itatiaiuçu, no Centro Oeste de Minas, foram evacuados devido a instabilidade de barragens de rejeito com a mesma estrutura. E no Sábado, moradores da Zona Rural de Nova Lima, na Grande BH, também tiveram que sair de suas casas por instabilidade de barragem.
Ressaltando que além de barragem a montante, também existe outro tipo de estrutura chamada a jusante, na qual reduz ou elimina o risco de liquefação do rejeito e, consequentemente a possibilidade de rompimento. As informações são da Agência Brasil.
Imagem da barragem “a montante” em Congonhas (MG).
