A Polícia Civil encara o desafio de encontrar o corpo de uma criança vítima da brutalidade e da insanidade de um casal. A Polícia Civil confirmou, que a motivação das mortes da pequena Ana Lívia Almeida Contarini, de 10 anos, e da irmã dela, Stephanie, de 4 anos, estão associadas a um suposto fanatismo religioso.
O delegado Anderson Resende que está à frente da investigação confirmou que Stephanie foi a primeira criança a morrer, o que ocorreu em março passado e essa morte, segundo a própria mãe dela, Débora Almeida da Silva, teria sido encomendada por uma entidade espiritual porque a própria Débora teria perdido uma gravidez no começo do ano.
Esse assassinato aconteceu em Divinópolis. A menina foi espancada até a morte e trazida já sem vida em um carro de aplicativo. A alegação foi que ela estava dormindo durante a viagem e o corpo foi jogado em um matagal da região metropolitana.
A filha mais velha, Ana Lívia, de 10 anos, teria sido assassinada entre a sexta e o sábado da semana passada. O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, enrolado em uma capa de colchão, debaixo de um sofá, no bairro Perobas, em Contagem. A partir dali a investigação iniciou e chegou então ao casal suspeito.
O padrasto das meninas, Lucas Melo da Silva, de 25 anos, assumiu ter espancado as duas crianças até a morte. No corpo da menina mais velha foram feitos vários exames que confirmaram que ela foi espancada, torturada, inclusive teve órgãos genitais dilacerados e hematomas por todo o corpo.
Lucas disse estar possuído por uma entidade maligna e por isso teria espancado as meninas.
A polícia acredita que tudo não passou de um rompante do próprio Lucas porque momentos antes de Ana ser espancada ela teria discutido com a mãe, empurrado a mãe e Lucas teria perdido a cabeça e agredido a criança até a morte.
O casal, que se preparava para fugir para a Bahia, permanecerá preso em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde ficará a disposição da justiça.
