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CPI da Manipulação convoca dirigente de clube mineiro, juízes e empresários




Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado Federal convocou novas autoridades para prestar depoimentos em sessão secreta. Entre eles estão juízes, empresários e um dirigente de um time mineiro.

Os requerimentos foram apresentados pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da comissão; Eduardo Girão (Novo-CE), vice-presidente; Romário (PL-RJ), relator; e Carlos Portinho (PL-RJ).

Dentre os convocados estão Lane Gaviolle, presidente do Tombense, Raphael Claus, árbitro da Fifa e que apitou na última Copa do Mundo, Daiane Muniz, assistente de vídeo (VAR) da Fifa, e Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Os requerimentos poderão ser aprovados em sessão nesta quarta-feira (24).

Também foi convocado para a oitiva Glauber do Amaral Cunha, ex-árbitro de futebol citado por John Textor, dono da SAF do Botafogo, por suposto recebimento de propina.

O empresário americano apresentou à CPI um áudio em que supostamente o juiz confessa ter recebido dinheiro para manipular lances de um jogo. Não se sabe ao certo qual é a partida envolvida.

Já a justificativa para a convocação de Claus e Daiane foi a quantidade de vezes que ambos foram escalados para atuar em conjunto como, respectivamente, árbitros de campo e de vídeo.

De acordo com o requerimento do senador Jorge Kajuru, a dupla de arbitragem foi convocada em 11 partidas do Campeonato Brasileiro de 2023, algo que, segundo ele, aconteceu com outros juízes no máximo três vezes. Os dois teriam cometido erros em lances polêmicos de algumas partidas.

A CBF escalou Claus para apitar o clássico entre Flamengo e Botafogo, no próximo domingo (28), pela quarta rodada do Brasileirão. Na terça-feira (23), o alvinegro carioca enviou um ofício à entidade pedindo que o árbitro não apite o clássico e que seja afastado até o término das investigações.

Em seu depoimento à CPI, Textor citou supostos erros cometidos pelo juiz na partida entre Botafogo 1 x 2 Flamengo, no ano passado, também pelo Brasileirão.

Ainda na terça (23), a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) publicou uma nota pedindo que CBF paralise o Campeonato Brasileiro em razão das denúncias de Textor sobre o suposto mau uso do VAR em determinadas partidas do ano passado – a Abrafut (Associação de Árbitros de futebol do Brasil) se pronunciou ressaltando ser a real representante dos árbitros no país e convidou o Sindicato dos Atletas para uma manifestação em conjunto.

Paralisação após indícios ‘fortíssimos’?

Kajuru, presidente da CPI, endossou o discurso e concordou com a solicitação de paralisação. O senador Carlos Portinho, integrante da comissão, afirmou que o pensamento não reverbera entre os outros membros da comissão, tendo em vista que estão sendo analisadas partidas de competições anteriores.

Ainda de acordo com parlamentar, os indícios apresentados por Textor são “fortíssimos” e deveriam ter sido levados em consideração pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) Para ele, não é correto “matar o mensageiro” porque isso desencoraja a apresentação de denúncias, e mesmo que os indícios apresentados pelo dono da SAF do Botafogo não virem provas, a Comissão pode ser importante para a criação de novos instrumentos para coibir a manipulação de resultados, um problema, segundo ele, que não está restrito somente ao Brasil. 

Veja quaem foi convocado pela CPI:

Lane Gaviolle, presidente do Tombense
Getúlio Marques Castilho, presidente do Londrina
Felipe Augusto Lyra Carreras, deputado federal
Thairo Arruda, CEO do Botafogo
Representante da empresa SportRadar
Glauber do Amaral Cunha, ex-árbitro de futebol
Daiane Caroline Muniz, árbitra de futebol
Raphael Claus, árbitro de futebol do quadro da CBF
Hélio Santos Menezes Junior, diretor de Governança e Conformidade da CBF
Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem
Eduardo Gussem, oficial de Integridade da CBF
Felippe Marchetti, representante da empresa SportRadar AG
Tiago Horta Barbosa, chefe de Integridade para a América Latina da empresa Genius Sports
Emanuel Macedo de Medeiros, presidente da Sport Integrity Global Alliance – SIGA Latin America
José Perdiz de Jesus, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva – STJD
Régis Anderson Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda
Ronaldo Botelho Piacente, procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva – STJD

Também foram convocados representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), do Novo Basquete Brasil (NBB), da Federação Internacional de Basquete (FIBA), da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

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