O Cruzeiro ainda tenta regularizar seu patrimônio, quase sete meses depois de apontar irregularidades na documentação e avaliá-lo em R$ 800 milhões. No começo do ano passado, ainda foi mostrado que as Tocas I e II não tinham Alvará de Funcionamento e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). O clube iniciou o processo de licenciamento à época. Vender algum imóvel é alternativa do clube para fazer caixa, mas é visto como um processo demorado, no momento.
Além de ter de regularizar a documentação, o Cruzeiro ainda precisa – o que está previsto no estatuto do clube – de aprovação de nove entre cada 10 conselheiros para conseguir alienar a sede administrativa, o clube do Barro Preto, a sede campestre da Pampulha e/ou as Tocas I e II.
– Olha, a situação é um pouco mais complicada. O Cruzeiro tem um grande patrimônio, mas precisamos regularizar tudo antes disso. Esse é um dos fatores que a nossa gestão está em desenvolvimento. Isso depende também de aprovação do conselho do Cruzeiro. Atualmente é necessária 9/10 para se aprovar algo no clube. Acho que a primeira parte é regularizar e depois, se a presidência achar que for algo bom para o Cruzeiro, sem dúvidas nenhuma, será regularizado. Entretanto existem algumas etapas antes e um convencimento de todos do conselho. Não depende só da presidência – explicou o presidente da Raposa, Sérgio Santos Rodrigues.
Vender um imóvel ou transformá-lo em um empreendimento comercial é algo que vem sendo estudado desde o começo do trabalho do conselho gestor. Mas sempre a regularização deles foi entrave. A situação ainda não foi resolvida.
Vender um dos patrimônios do Cruzeiro é uma das alternativas para o Cruzeiro fazer caixa e superar um cenário de mais de R$ 800 milhões em dívidas, neste momento. Entretanto, é a opção que tende mais a demorar a ser viável, devido à necessidade de aprovação pelo conselho.
