A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que investigava a morte do segurança Edson Carlos Ribeiro, de 42 anos. Conforme os laudos periciais, o segurança morreu em decorrência de um problema cardíaco genético. O suspeito de agredir Edson, Pedro Lacerda, de 32 anos, foi indiciado pelo crime de lesão corporal.
O caso ocorreu no dia 25 de setembro, durante uma festa no Parque de Exposições de Divinópolis. Várias testemunhas relataram que o segurança foi agredido com um soco após chamar a atenção de Pedro, que estava na festa e tentou urinar em local impróprio.
Após receber o soco, Edson cambaleou, caiu no chão e morreu. Uma testemunha no local afirmou que o suspeito teria utilizado um soco-inglês e, após a agressão, entregado o objeto para a namorada dele.
De acordo com o delegado Marcelo Nunes Júnior, responsável pelo inquérito policial, foram ouvidas 20 testemunhas que estavam no local. A única testemunha que confirmou a existência da utilização de um soco-inglês, era outro segurança.
Segundo o delegado, a equipe também ouviu familiares da vítima acerca das condições de saúde do segurança. A esposa, com quem ele era casado há 14 anos, disse que não sabia se ele tinha doença cardíaca.
De acordo com o médico-legista Marcell de Barros Duarte Pereira, foi feita uma avaliação do corpo tanto interna quanto externa, sendo observadas lesões superficiais, não sendo identificadas lesões traumáticos que pudessem produzir o óbito da vítima.
Uma avaliação foi feita também no Instituto Médico-Legal André Roquette, em Belo Horizonte, e o diagnóstico foi morte súbita cardíaca secundária.
O perito criminal Carlos Eduardo Leal, que foi acionado para comparecer ao local dos fatos no dia da ocorrência, conta que foi realizada uma análise superficial do corpo e naquele momento, não foi encontrada nenhuma lesão aparente sugestiva de uma possível agressão com soco-inglês.
Pedro Lacerda, suspeito do crime, foi preso e autuado em flagrante pelo crime de lesão corporal seguida de morte. Ele segue detido preventivamente desde o dia do ocorrido. O advogado do suspeito, William Gomes Melo solicitou a revisão da decisão na Justiça e pede a soltura de Pedro, mas o poder judiciário ainda não deu um parecer.