O Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, anulou a sentença que condenou o técnico Cuca, no período em que era jogador, por acusações de estupro de vulnerável contra uma menor de idade, durante uma excursão do Grêmio, em 1987. A juíza Bettina Bochsler aceitou a argumentação da defesa de Cuca, que levantou dúvidas sobre a representação legal adequada durante o julgamento. A informação foi divulgada pelo jornalista Igor Gielow, da Folha.
A decisão questiona a representação legal durante o processo. A ausência de um advogado indicado pelo Grêmio, além da renúncia do representante original, gerou controvérsias sobre a validade do julgamento.
Cuca não foi inocentado no mérito. No entanto, a defesa do treinador alegou ter reunido dados suficientes para provar a inocência do técnico no caso, alegando que não houve estupro ou abuso da jovem Sandra Pfäffli. A juíza determinou o pagamento de 9.500 francos suíços (R$ 55,2 mil) em indenização ao hoje treinador, reduzindo o valor inicial.
O caso envolve outros jogadores do Grêmio e não resultou em cumprimento de pena, pois eles não retornaram à Suíça quando as condenações eram válidas, e não há tratado de extradição entre Brasil e Suíça. Cuca, atualmente com 60 anos, foi o único beneficiado pela decisão recente.
A presidente do tribunal procurou Sandra Pfäffli, que faleceu cerca de 15 anos após os fatos, e encontrou um herdeiro que não demonstrou interesse em participar do caso.
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