O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) se entregou à Polícia Federal em São Paulo na manhã desta quarta-feira (20), um dia após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o “imediato início” do cumprimento da pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, imposta pelo tribunal por desvios praticados por por ele na Prefeitura de São Paulo.
Na condenação, o STF determinou que a pena começará no regime fechado, sem possibilidade de saída durante o dia para trabalho. A sentença também determinou a perda do mandato de deputado.
De acordo com a denúncia, uma das fontes do dinheiro desviado ao exterior por Maluf seria a obra de construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho, que é a mesma obra que colocou o nome do deputado e do filho dele, Flávio Maluf, na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), a pedido dos Estados Unidos.
A Interpol é uma organização que coopera com polícias de 192 países membros na captura de criminosos e foi acionada porque o dinheiro desviado por Maluf, entre 1993 e 1996, enquanto era prefeito de São Paulo, passou por instituições bancárias norte-americanas.