Os rejeitos de minério que vazaram da Barragem em Córrego do Feijão estão descendo pelo Rio Paraopeba, o que deve prejudicar cerca de cem mil pessoas que são dependentes da água do rio.
Por isso, a Vale anunciou na segunda-feira (28) que vai instalar uma membrana para a retenção de sedimentos antes do ponto onde a água é captada para abastecer a cidade de Pará de Minas, que fica a 40 quilômetros de Brumadinho e 80 km de Divinópolis. Técnicos estiveram no local, porém, a expectativa é de que o equipamento chegue hoje.
Um boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil avisa que a lama está se deslocando mais devagar e a previsão para a chegada dos rejeitos em Pará de Minas é hoje. Por isso, técnicos monitoram a quantidade de partículas sólidas da água a cada 15 minutos.
O Paraopeba é uma das mais importantes fontes de abastecimento de Pará de Minas e uma das medidas emergenciais adotadas pela empresa responsável por este abastecimento é a reativação de seis poços artesianos na área urbana. Juntos eles são capazes de fornecer até 30 litros de água por segundo, o que ajudaria a minimizar os impactos à população.
Lembrando que a previsão é que a lama siga pelo Rio Paraopeba até chegar à usina hidrelétrica de Retiro Baixo, em Pompéu. Atualmente, o objetivo principal é impedir que a lama chegue a usina de Três Marias e contamine a bacia do Rio São Francisco.