O Campeonato Brasileiro chega ao fim nesta quarta-feira (6) com a realização da 38ª e última rodada do torneio. Os 20 clubes da elite do futebol nacional entram em campo e os 16 melhores dividirão quase R$ 500 milhões em premiação. O valor, no entanto, não é pago pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Apesar de organizar o campeonato, a CBF não paga a premiação por colocação. O valor é disponibilizado aos clubes pelos acordos de TV. São R$ 260.844.433,00 relativos à TV aberta e R$ 217.370.361,00 à TV fechada.
Os valores, na verdade, são relativos a divisão determinada pelos clubes. O montante de R$ 478.214.794,00 significa 30% do valor total arrecadado pelos direitos. O ‘resto’ do dinheiro é dividido da seguinte forma: 40% fixo, dividido para todos e 30% relativo à audiência.
Os valores aumentaram ligeiramente em relação ao ano passado. O campeão de 2022 ganhou R$ 45 milhões e, na atual temporada, levará R$ 47,8 milhões. A tendência é o valor ser corrigido e também aumentar em 2024.
Último ano de contrato
A próxima temporada, inclusive, marca o final do atual contrato de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Para a temporada de 2025, os valores ainda não foram negociados.
A ideia primária era a formação de uma Liga para potencializar os valores e receber valores na casa dos R$ 2 bilhões. No entanto, sem acordo coletivo, os clubes se dividiram em Liga Forte Futebol (LFF) e Liga Brasileira de Futebol (Libra) e já estão em conversas para a comercialização dos direitos televisivos.
Apesar da nomeação de “Liga”, os grupos formam blocos comerciais. E, em grupo, buscam melhores acordos, em valores menores do que uma eventual negociação em conjunto.
Quem é quem? E os percentuais?
A Liga Forte Futebol apresentou proposta para dividir as cotas da seguinte maneira: 45% de forma igualitária, 30% por performance e 25% por audiência. O grupo tem como investidores o fundo Serengeti e a gestora Life Capital Partners (LCP), ambos captados pela XP Investimentos.
A LFF captou R$ 2,3 bilhões por 20% das receitas de uma futura liga pelos próximos 50 anos. XP Investimentos, LiveMode e Alvarez Marsal prestaram consultoria e receberão cerca de 2,5% de comissão nas negociações em caso de criação da liga.
A Libra propõe divisão diferente: 40% de forma igualitária, 30% por performance e 30% por audiência. O grupo de investimentos captado foi o Mubdala, dos Emirados Árabes Unidos.
O fundo oferece R$ 1,3 bilhão por 12,5% dos direitos para os clubes. O BTG Pactual e a Codajas Sports Kapital são os intermediadores. A comissão para os parceiros são de 5% em caso de criação da liga.
Os filiados
- LFF: Athletico-PR, América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Tombense e Vila Nova.
- Libra: ABC, Atlético, Bahia, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Paysandu, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória.
- Bloco União: Botafogo, Cruzeiro, Coritiba e Vasco se uniram à LFF para comercialização de direitos comerciais. Oficialmente, os clubes não são filiados, mas os acordos comerciais respeitam os mesmos termos dos filiados.
Receba as reportagens da Sucesso FM em primeira mão através do nosso grupo de WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/FY6eiEhen390iLLOqJLg3H
