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Times do interior de Minas vivem dilema com parada do futebol




Estádios fechados, jogadores em confinamento e incertezas na temporada. Com mais um adiamento do retorno dos campeonatos confirmado pela Federação Mineira de Futebol (FMF), agora para 30 de abril, os clubes do interior do estado, com recursos limitados, terão dificuldades e tentam solucionar da melhor forma a situação de seus jogadores, que estão sem treinar desde que a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil.

Como em todo país, que vive caos econômico, o desemprego será um inimigo a mais para atletas e demais profissionais do futebol. Para diminuir os gastos com salários, as diretorias de Patrocinense, Uberlândia e Villa Nova dispensarão seus atletas e começarão trabalho do zero. Em outros casos, como de Tombense e Caldense, os vínculos vão até o fim do ano, o que permite um respiro maior.

Depois de reunião de dirigentes de clubes das quatro séries do Brasil, a maioria optou por dar férias coletivas aos atletas e comissão técnica. Mas essa iniciativa afeta outras agremiações que não têm calendário no segundo semestre. Por mais que tenha sinalizado uma data para o retorno dos Módulos I e II do Mineiro, a Federação Mineira aguarda posicionamento da CBF e do Ministério da Saúde para que as competições possam reiniciar sem afetar a segurança de atletas, torcedores e integrantes de comissão técnica.

O mais provável é que, no período mais sério da pandemia, a entidade comunique novo adiamento, nesse caso sem data definida. E isso prejudicaria ainda mais o planejamento e o orçamento das equipes de menor expressão.

O primeiro clube a anunciar a dispensa dos atletas foi o Patrocinense, que encerrará suas atividades no fim do Mineiro. Por falta de recursos financeiros, o clube abriu mão de jogar a Série D do Brasileiro e repassou a vaga ao Villa Nova. Com o retorno da competição, a diretoria se vê obrigada a recrutar novos jogadores e montar uma equipe às pressas para jogaras últimas rodadas.

O Villa Nova também definirá nos próximos dias a dispensa de seu grupo de atletas para reduzir a despesa com um mês a mais de salário, já que os vínculos de todos os atletas se encerram exatamente em 30 de abril. Para jogar a Série D, o Leão passará por nova montagem de equipe. “

Já o Uberlândia apelará por uma solução caseira: dispensará seus atletas para evitar maior gasto e projeta terminar o Estadual com o time Sub-20. O clube investiu pesado para trazer jogadores experientes, como os zagueiros Plínio e o volante Leandro Salino, e agora tenta terminar 2020 com as contas em dia – o clube ficará sem atividades no segundo semestre.

Dos clubes do interior, quem vive melhor situação é o Tombense. Representante mineiro na Série C, o Gavião deu férias para todos os jogadores e manterá os contratos até o fim do ano. Apoiado por um grupo de empresários, o clube tem um dos maiores orçamentos do interior do estado. Outro que disputará a Série C, o Boa não tomou nenhuma atitude e vai esperar novo posicionamento da Federação Mineira.

O Coimbra deve anunciar seu futuro nos próximos dias. O clube ficará sem calendário a partir de maio e tem vários contratos no fim.

O Tupynambás vive problema atípico. Lanterna na elite e virtualmente rebaixado ao Módulo II, o time descarta dispensar o grupo até que o campeonato se reinicie. Mas a diretoria seria obrigada a renovar os vínculos por mais três meses, o mínimo exigido pela Lei Pelé, para disputar as três partidas restantes no Estadual.

Os clubes do Módulo II têm dilema pior ainda, pois não contam com as cotas dos direitos de transmissão – principal receita para o equilíbrio financeiro –, além de patrocínios ainda mais reduzidos. Líderes da competição, Pouso Alegre e Nacional de Muriaé determinaram que os atletas tivessem um período de recesso até tomarem posição mais concreta. Já o Guarani de Divinópolis libertou todos os atletas, mas ainda não definiu o futuro.


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