Após cerca de dez horas de julgamento, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu, no fim da noite dessa terça-feira, manter a condenação de primeira instância do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) pelo envolvimento no esquema de corrupção conhecido como mensalão mineiro.
No entanto, houve uma pequena redução na pena. Por dois votos a um, os desembargadores optaram pela condenação em 20 anos e um mês – ante os 20 anos e dez meses decretados em 1ª instância, em novembro de 2015 – pelos
crimes de lavagem de dinheiro e peculato. Eduardo Azeredo vai recorrer em liberdade.
As investigações do Ministério Público apontaram que o surgimento do mensalão mineiro ocorreu durante a administração do tucano com o objetivo de canalizar recursos de empresas públicas, como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e, à época, a Companhia de Mineração de Minas Gerais (Comig), para a campanha à reeleição do tucano em 1998. Azeredo governou Minas Gerais entre os anos de 1995 e 1998. Na disputa pela reeleição, ele foi derrotado por Itamar Franco.