A vereadora Lohanna França (CDN), foi massacrada, na votação do projeto de lei, do vereador Eduardo Azevedo (PSC), que proíbe o ensino da linguagem neutra nas escolas de Divinópolis. Ela foi a única a votar contra a pauta, aprovada por 14 votos a 1. Rodrigo Kaboja (PSD), mesmo estando na Câmara Municipal, se esquivou e não votou o projeto e Eduardo Print Júnior (PSDB), por ser presidente da Casa, não vota.
Durante seu pronunciamento, a vereadora foi interrompida várias vezes, pelos gritos das cerca de 150 pessoas presentes, que criticaram veementemente seu posicionamento. Eles chegaram entoar gritos de ordem, como os dizeres “pede pra sair, vai embora, comunista. Família, família, família”.
A maioria esmagadora dos presentes era a favor do projeto de Eduardo Azevedo, aprovado por 14 votos a 1. O texto da lei ressalta que a proibição será para toda a Educação Básica no Município, Ensino Superior e aos Concursos Públicos para acesso aos cargos e funções públicas.
Caso seja descumprida a lei, as escolas estarão sujeitas a advertência e suspensão do alvará de funcionamento do estabelecimento.
O autor do projeto, vereador Eduardo Azevedo (PSC), alegou que o texto que pode virar lei é uma forma de estabelecer “medidas protetivas” ao que chamou de “direto dos estudantes” no aprendizado da língua portuguesa.
A maioria dos parlamentares usou a palavra “família” para justificar o voto a favor do projeto.
A linguagem neutra, também chamada de pronome neutro, linguagem não binária ou neolinguagem, é a proposta de adaptação da língua, foi criada por grupos que não se identificam com o gênero masculino nem com o gênero feminino e trata da neutralização das palavras.
O projeto segue, agora, para ser sancionado ou vetado pelo prefeito Gleidson Azevedo (PSC).
