De olho no calendário apertado para que as regras já passem a valer em 2018, deputados querem levar a Proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma política ao plenário da Câmara nesta quarta-feira (16), um dia depois de a votação dos destaques ter sido concluída na comissão especial que analisava o assunto na Casa.
A proposta só deveria ir a plenário na semana que vem, mas, em reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), líderes partidários resolveram antecipar a votação. Para isso, precisarão fazer uma manobra regimental no início da sessão desta quarta-feira (16). Eles temem que, como o tema é polêmico, não haja tempo suficiente para que a proposta seja votada em dois turnos na Câmara e siga para as duas votações em plenário no Senado antes do fim de setembro. Se houver modificações no Senado, é preciso que o texto volte à Câmara.
Para que as novas regras valham em 2018, elas precisam ser aprovadas até um ano antes da disputa. Caso contrário, as mudanças só valerão para 2020. O grosso da reforma – a instituição do voto distritão para deputados federais e estaduais – visa a ajudar parlamentares alvos de investigações como a Lava Jato a se reelegerem e manterem o foro privilegiado. Eles querem evitar cair nas mãos do juiz federal Sergio Moro, de Curitiba, ou do colega dele no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas. Os dois são considerados linha dura contra políticos.
Fonte: O Tempo
