O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio das Polícias Civil e Militar, deflagrou na manhã de hoje (15) uma operação com o objetivo de cumprir 14 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão temporária, visando apurar responsabilidade criminal pelo rompimento das barragem na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Os oito investigados presos são funcionários da Vale, entre eles, quatro gerentes (dois deles, executivos) e quatro integrantes de equipes técnicas. Todos são diretamente envolvidos na segurança e estabilidade da Barragem 1, que rompeu no dia 25 de janeiro.
As prisões temporárias foram decretadas pelo prazo de 30 dias, tendo em vista fundadas razões de autoria ou participação dos investigados na prática de centenas de crimes de homicídio qualificado. Todos os presos serão ouvidos pelo MPMG, em Belo Horizonte. Também são apurados crimes ambientais e de falsidade ideológica.
Foram, ainda, alvos de busca e apreensão em São Paulo e Belo Horizonte, quatro funcionários (um diretor, um gerente e dois integrantes do corpo técnico) da empresa alemã Tüv Süd, a qual prestou serviços para a Vale, referentes à estabilidade da barragem rompida. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na sede da empresa Vale, no Rio de Janeiro.
Os documentos e provas apreendidos serão encaminhados ao MPMG para análise.
