O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que seja impedida a condução coercitiva solicitada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, da Câmara dos Deputados, para que ele preste depoimento como testemunha.
Ronaldinho foi convocado para depor, mas não compareceu na última terça-feira (22) e nem na quinta-feira (24), quando alegou mau tempo para voo que saía de Porto Alegre para Brasília. Na segunda vez, o ex-jogador alegou não ter sido notificado formalmente pela CPI.
O depoimento então foi remarcado para o dia 31 de agosto. A defesa do jogador informou, que ele tem uma viagem ao exterior nesta sexta-feira (25). A CPI pediu que a Justiça determinasse a apreensão do passaporte, para que Ronaldinho não pudesse deixar o país. O advogado do ex-jogador, Sérgio Felício Queiroz, afirmou que “em nenhum momento”, Ronaldinho se negou a prestar o depoimento e reforçou as justificativas dadas para as ausências na Comissão. “O que a Autoridade Coatora (CPI) está fazendo é constrangendo e cerceando a liberdade do paciente mediante ameaça e abuso de poder”, disse a defesa.
O ex-jogador da Seleção Brasileira, Barcelona, Grêmio, Flamengo e Atlético-MG foi convocado por causa da “18k Ronaldinho”, empresa apontada como uma pirâmide financeira pelo Ministério Público. Ronaldinho estrela as peças publicitárias da empresa, mas alega que teve a imagem usada indevidamente.
O ministro do STF, Edson Fachin, garantiu ao ex-jogador o direito ao silêncio na CPI. Também foi assegurado o “direito à assistência por advogado durante o ato”, e “o direito de não sofrer constrangimentos físicos ou morais decorrentes do exercício dos direitos anteriores”.
A defesa de Ronaldinho chegou a pedir que ele não fosse obrigado a ir à CPI, alegando que o requerimento da comissão o colocaria na “condição de envolvido em fraudes”, por trazer “manfiesta indicação” de que ele “teria envolvimento com fraudes com investimentos em criptomoedas”.
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