Cruzeiro detalha situação financeira a candidatos à presidência

O Conselho Gestor se reuniu em videoconferência com candidatos à presidência do Cruzeiro e do Conselho Deliberativo para detalhar os dados da situação financeira do clube. A Raposa projeta encerrar a temporada 2020 com déficit de R$ 143 milhões.

O clube passa por reestruturação no ano. Depois da queda para a Série B e com graves problemas financeiros, o Cruzeiro perdeu diversos jogadores em função dos vários meses de atraso salarial. Henrique, Jadson, Marquinhos Gabriel, Sassá e Manoel foram emprestados. Egídio e Rodriguinho deixaram a Raposa depois de acerto com o Conselho Gestor.

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Outros jogadores entraram na Justiça para conseguir a liberação do contrato. Rafael, Fabrício Bruno, Éderson e David chegaram a um acerto com o clube e encerraram os processos. Thiago Neves teve um acordo parcial para deixar o Cruzeiro, mas o processo não acabou. Já Fred conseguiu liminar na Justiça para deixar a Raposa.

Com todas as saídas, a folha salarial do Cruzeiro, que girava em torno de R$ 16 milhões por mês no ano passado, foi reduzida em 81%: agora é de R$ 3 milhões. Mesmo assim, o clube projeta um resultado extremamente negativo no balanço financeiro final de 2020: déficit de R$ 143 milhões.

O Cruzeiro divulgou, no fim de janeiro, que precisava pagar pouco mais de R$ 50 milhões em dívidas na Fifa até 2022. O documento apresentado pelo Conselho Gestor, no entanto, mostra que o valor é de R$ 81,4 milhões.

O clube celeste precisa pagar R$ 36,6 milhões ainda neste primeiro semestre. O atraso depois desse período poderá acarretar em perda de pontos na Série B ou outras sanções mais graves.

O restante do pagamento será feito no segundo semestre de 2020 (R$ 43,7 milhões) e no segundo semestre de 2021 (R$ 1,1 milhão).

Além da diminuição na folha mensal, o Cruzeiro fez corte de gastos em vários outros setores. O Conselho Gestor relatou alguns deles (veja abaixo).

– Base: redução de aproximadamente R$ 1,2 milhão por ano nos custos com pessoal;

– Funcionários: economia de mais de R$ 25 milhões por ano com a revisão no quadro de colaboradores. Foram 110 demissões;

– Telefone: cancelamento das linhas telefônicas de uso da diretoria, com economia de R$ 600 mil por ano;

– Plano de saúde e seguro de vida: economia de R$ 1,92 milhão por ano.

Além disso, o clube desativou dois andares da Sede Administrativa, para diminuir os gastos com energia e manutenção. O Cruzeiro também cancelou os cartões corporativos e vendeu os veículos que eram utilizados por presidente e diretores.

(Fonte – Superesportes)