Polícia Civil conclui inquérito e prende seis pessoas por suspeita de extorsão mediante sequestro em Luz

Seis pessoas foram presas por suspeita de envolvimento em um crime de extorsão mediante falso sequestro da família de um vigilante em um banco, no Distrito de Esteios, em Luz.

De acordo com a Polícia Civil dois evolvidos foram presos em Abaeté, outros dois em Quartel Geral e mais duas pessoas na região Metropolitana de Belo Horizonte.

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O crime, registrado no dia 29 de junho, foi enquadrado na modalidade “sapatinho” – quando ocorre extorsão mediante sequestro.

No total, segundo a Polícia Civil, foram identificadas oito pessoas envolvidas no crime. O vigilante do banco e o genro dele foram presos no dia da ocorrência.

No dia do crime, as equipes da polícia chegaram à agência bancária e iniciaram a conversa com o vigilante que contou a versão dele em depoimento.

“Ele nos informou que, na madrugada anterior, teria sido surpreendido por dois seqüestradores e que foi orientado pelos criminosos a seguir a rotina normal no banco, enquanto a esposa e o filho dele ficaram na posse dos sequestradores até que ele conseguisse os valores que estariam no cofre do banco”, disse o delegado de Luz, Vinícius Machado na ocasião.

Durante as investigações, a polícia descobriu que, no dia do sequestro, o vigilante facilitou a entrada de um dos suspeitos na agência que estava com um vídeo onde aparecia a família do vigilante sendo ameaçada por uma arma de fogo. No entanto, segundo a polícia, tudo fazia parte de uma armação.

“O vigilante contou que diante da situação o suspeito tentou fazer a abertura do cofre junto com a equipe do banco, mas o compartimento não abriu. A partir daí, sem sucesso na ação, ele pegou a arma do vigilante e fugiu do local”, contou o delegado.

Ainda conforme o delegado, o vigilante apresentou um desconforto que não é normal.

“Convidamos o vigilante para nos levar à residência onde contou que havia sido rendido. Ele demonstrou muito mais nervosismo do que antes e, já no local, me contou que teve participação direta no crime”, destacou o delegado.

Aos policiais, o vigilante confessou que ele e o genro, que é de Quartel Geral, haviam arquitetado o crime juntos, 15 dias antes da ação. Ele disse que o genro foi o responsável por incluir mais três pessoas no crime. Segundo a polícia nem a mãe e nem o filho sabiam de nada.

As vítimas foram levadas da cidade de Luz em um carro clonado, ocasião em que os suspeitos fizeram o vídeo. No entanto, após a abertura do cofre não ter sido efetivada, mãe e filho foram liberados e os envolvidos fugiram. O veículo usado na ação foi localizado queimado em Abaeté, de acordo com o delegado. As vítimas do falso sequestro não sofreram nenhum dano.