Diminuição do nível do Lago de Furnas preocupa setor de turismo

O ritmo de esvaziamento do lago da Represa de Furnas, no Sul de Minas, está tão acelerado que tem preocupado o setor turístico. De acordo com a associação das empresas de turismo do reservatório, duas das quatro principais atrações estão prestes a ficar inacessíveis por meio aquático: a Cascatinha e o Cânion dos Tucanos.

Mas, bares flutuantes e atracadouros para barcos e lanchas também foram afetados e ou estão distantes de seus pontos originais ou encalhados. Trabalhadores e turistas reclamam que a hidrelétrica de Furnas tem liberado mais água que o de costume para a época de estiagem (que vai de maio a outubro), quando praticamente não há mais chuvas para recargas.

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Como consequência, o volume médio útil do lago cai a cada mês e a quantidade de água que sai do reservatório é mais que o dobro da que chega: 571 metros cúbicos por segundo contra 236m3/s, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) relativos à última segunda-feira, 24.

O volume útil da mesma da data, o último dado divulgado pelo ONS e pela Agência Nacional de Águas até as 18h de ontem, era de pouco mais de um terço da capacidade: 38,72%, o que explica a indignação de quem sobrevive do turismo ou pesca nas águas da represa.

A empresa que administra a hidrelétrica informa que a prioridade do lago é a geração de energia, e que opera de acordo com as determinações do ONS.

Fonte: Estado de Minas